sexta-feira, 14 de maio de 2010

Hóspede de mim.


Uns dizem que moras no meu olhar, no brilho estridente que lá canta.
Outros dizem que moras no meu sorriso, genuíno e incandescente sempre que o assunto te roça.
Há quem diga que moras em pequenos gestos, daqueles que faço sem pensar, sussurros de manifestos de serenidade.
Certo é que todos te constroem em mim, e te fixam como habitante desta casa passageira mas acolhedora. Como se uma casa não fizesse sentido sem paredes.
Queres mesmo saber? Moras aqui, sim, mas no meu coração, quarto fixo da saudade, com janela aberta para a memória.
Não te esqueças de fechar a luz quando saíres.