segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Do brilhante desigual dos dias.

Dei por mim a pensar nos dias, essa amálgama de segundos perdidos, sentidos, incontidos e vividos.
Há-os de todas as maneiras e feitios.
E o mais impressionante é que nenhum, nem um, é igual ao que já tenha sido.
Penso num pantone ávido de cor, com aquele sabor especial do novo e inesperado.
Cada vez que se abre uma página, afigura-se-nos uma infinita maré de oportunidades que nos preenchem o olho. Uma vastidão de escolha na palma da mão e, ironicamente, a verdade é que fazem mais sentido juntas.
São assim os dias.
Há dias claros, e dias escuros. Há dias cheios e dias em branco. Há dias alegres e dias cinzentos.
Há uns que se ouvem e outros que se querem calar. Há os compridos, e aqueles que são verdadeiramente insuficientes. Há os renovados, e os de sempre. Há os que têm uma teatral música de fundo, e aqueles em que o silêncio é Rei.
Gosto especialmente do dia de hoje.
Não que o de ontem não tenha sido bom, ou que o de amanhã não prometa…mas o de hoje…bem, o de hoje tem aquela magia única que antecede a imensidão de possibilidades que o mundo nos concede. Hoje posso ser quem quiser. Posso dar-me ao luxo de fazer o que quiser, sem medo de errar. Porque hoje, ainda não aprendi a ter medo. Hoje ainda não me arrependi de nada. É um dia novo, uma folha em branco onde posso largar a minha inspiração.
E hoje, sinto-me inspirada. Olhei para o lado e vi-te. Com aquele sorriso dos dias sim.
Antecipado congelar de um sonho que me diz, imediatamente, que hoje vai ser um bom dia.
Hoje não é como ontem. Hoje estás aqui. E isso, nunca será igual.


Soundtrack: Michael Buble - Feeling good

Edição de fotografia: Paulo

1 comentário:

  1. É sempre bom partilhar. A partilha trás sempre algo de novo, novas ideias, novas palavras, novas imagens para enchermos o nosso livro. O livro é branco, como dizes, e cabe-nos a nós preenche-lo, fugindo à rotina que nos possa prender. É certo que os dias são todos diferentes, mas mesmos nessas diferenças se podem tornar rotineiros. Cabe-nos a nós certificarmo-nos de que quebramos com a regra procurando novos objectivos, novos problemas para resolver, novos sorrisos, novas aventuras para viver... É vivendo que podemos encher as nossas vidas de cor, as páginas brancas que se nos apresentam diáriamente são assim um desafio: tornar o dia seguinte sempre mais colorido que o anterior. Não importa o quão difícil é, o que importa é viver.

    Beijinhos doces e obesos :) Ju Oliveira***

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