terça-feira, 31 de março de 2009

Amargura

Mexo-me erraticamente pela cama, ainda não penso, o meu cerebro ainda não começou a perceber quem é, ou que dia é, mas já o sinto, o sabor amargo na boca, a revolta do estômago, aquele mal estar permanente que não me deixa ser feliz.

Dou mais uma volta na cama, puxando vigorosamente os cobertores para uma posição mais confortável enquanto me forço a pensar noutra coisa, a não pensar, a parar, mas não consigo, é impossível, consegues deixar-me num tal mal estar, consegues colocar-me à porta de um abismo sem fim com uma vontade incontrolavel de me lançar para o silencio profundo.

De um salto, levanto-me energético, como que a tentar sacudir aquele torpor que me tolhe o pensamento e o corpo, sem prestar atenção ligo a televisão e o radio na esperança que que ambos façam ruído suficiente para calar o meu cérebro e dar sossego ao meu estômago.

Não sei como melhorar, não sei como me elevar a esse teu estatuto de sábio, de entidade superior conhecedora dos segredos do mundo. Eu não sou bom a esplanar sentimentos, não sei como fazer para te explicar o inexplicável, para te mostrar as medições e as lógicas de algo que simplesmente não tem lógica, nem é para ter lógica.

Não sei ser melhor, sei apenas ser o que sou...

seja lá o que isso fôr...

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