segunda-feira, 23 de março de 2009

Thru the foggy glass

Esfrego os olhos, cansados de tanto olhar para um monitor cheio de trabalho, estico os dedos das mãos e dos pés na esperança que este stress , esta pressão continua se escoe do corpo por entre eles.

Levanto-me, as costas gritam que estou a tornar-me num work-aholic inveterado, lá fora, o sol lentamente vai descansar, sei que também deveria fazê-lo, mas não consigo, cada vez que paro, cada vez que o meu cérebro não está a ser usado na sua capacidade máxima, tu voltas, a cada milésimo de segundo, tu voltas, a cada intervalo entre dois pensamentos, tu voltas...

Do alto da minha sala olho as pessoas na rua, nas suas vidinhas, com os seus problemas, egoísticamente ignoro-os e vou vendo a tua cara em cada delas. Nos meus pensamentos vejo-te cabisbaixa, triste, sem aquela energia contagiante que me levava a fazer coisas que muitas vezes nem sequer me apetecia, que me levava a fazer coisas que todo o meu bom senso gritava "pára! És doido! não faças isso.", essa alegria que me levantava o espírito em dias que só me apetecia ficar fechado em casa longe das pessoas, longe de tudo...

Sei-me hoje longe de ti, tal qual estas pessoas que observo, separadas de mim por um vidro intransponível, um vidro que não tenho força suficiente para quebrar...

Sei o mal que me farias perto de ti, mas quero que saibas que é uma ínfima parte da dor de me saber longe de ti...

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