segunda-feira, 20 de abril de 2009

Tu - Que dás vida ao tempo.

Desisti de contar os segundos em que não estás. Para quê? Não existem.
Não há segundo sem ti que valha a pena guardar.
De ti, faço minutos que gosto de coleccionar em caixas toscas de madeira, pintadas com a tua doçura e seladas com a minha saudade.
Hoje ainda não chegaste. E aquele velho relógio parou no tempo, inebriado pelo amargo sabor da tua ausência.
Para me entreter, faço curtas-metragens mentais, em que o protagonista és sempre, e inevitavelmente tu. Assim me enches o pensamento, e não o troco nem pelo maior ou mais distante dos reinos.
E então, ao longe como num suspiro, começo a sentir o meu coração a reiniciar.
Páro para respirar…e naquele nano segundo que demora para o meu sorriso me vestir, o relógio abre os olhos e espreguiça-se. Estás a chegar. O tempo ganhou vida.

Soundtrack: Deolinda - Não sei falar de amor


Edição de fotografia: Paulo

3 comentários:

  1. "De ti faço minutos que gosto de coleccionar em caixas... pintadas com a tua doçura e seladas com a minha saudade...e naquele nano segundo que demora para o meu sorriso me vestir..."
    absolutamente delicioso...

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  2. aDOREI ESTE POST...traduz mt do que eu escrevi hoje...:)

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  3. Obrigada às duas :) Comentários queridos com este calor, cozem sorrisos rasgados :D

    E Lila, é pois, que já lá fui ler :)

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